O EITO
Um dia a quinhentos anos atrás
Encontrei num canto estreito
Um fremoso e desgastado Eito
Abandonado pela fúria dos temporais
Porém vida ainda tinha
Pus meus pés descalços
Chafurdei naquele leito vagabundo
Submundo de marés anteriores
Moribundo de inconstâncias e dádiva
Deixei que meu corpo sentisse
Do eivado Eito o visgo pegajoso
Fui ao chão!
O visgo denso fazia cada parte
Chafurdada querer mais ser profanada
Não bastou, pensei:
Quero mais!
Resolvi por meus seios nus
Em contato direto com aquele chão
Pele branca esfolada se fazia...
Foi nessa hora que algo grotesco aconteceu:
Eu me via despedaçada
Carne humana degredada
Ali perdida vida-partida!
Cada parte do meu corpo
Em pedaços estava
O Eito sujo a minha boca beijava
E o resto do corpo, deflorava
E cada vez que eu corria em partes
Algo dentro de mim morria
Mais profundo o leito do Eito ficava
Corria eu então desesperada
A modo de juntar as partes esquartejadas
Passaram-se sete dias nessa agonia
Até que o Eito foi recomposto pela chuva tropical
E derrepente ao olhar pr’um canto
Vislumbrei um olho d’água
Abaixei e provei como encantada...
Era água salgada!
Não resisti, fiquei tentada
Novamente fui ao chão!
C’ôa boca posta em brasa
Sorvendo cada milímetro
Daquele PH de água brotada!
Um dia a quinhentos anos atrás
Encontrei num canto estreito
Um fremoso e desgastado Eito
Abandonado pela fúria dos temporais
Porém vida ainda tinha
Pus meus pés descalços
Chafurdei naquele leito vagabundo
Submundo de marés anteriores
Moribundo de inconstâncias e dádiva
Deixei que meu corpo sentisse
Do eivado Eito o visgo pegajoso
Fui ao chão!
O visgo denso fazia cada parte
Chafurdada querer mais ser profanada
Não bastou, pensei:
Quero mais!
Resolvi por meus seios nus
Em contato direto com aquele chão
Pele branca esfolada se fazia...
Foi nessa hora que algo grotesco aconteceu:
Eu me via despedaçada
Carne humana degredada
Ali perdida vida-partida!
Cada parte do meu corpo
Em pedaços estava
O Eito sujo a minha boca beijava
E o resto do corpo, deflorava
E cada vez que eu corria em partes
Algo dentro de mim morria
Mais profundo o leito do Eito ficava
Corria eu então desesperada
A modo de juntar as partes esquartejadas
Passaram-se sete dias nessa agonia
Até que o Eito foi recomposto pela chuva tropical
E derrepente ao olhar pr’um canto
Vislumbrei um olho d’água
Abaixei e provei como encantada...
Era água salgada!
Não resisti, fiquei tentada
Novamente fui ao chão!
C’ôa boca posta em brasa
Sorvendo cada milímetro
Daquele PH de água brotada!
meu poema preferido, gosto muito desse poema porque fiz numa fase muito intensa e traduziu em parte a outra parte de mim.
ResponderExcluirGiselle por ela mesma!