sábado, 15 de maio de 2010

Vida-canoa

Aquela que carrega vida: Canoa
Aquela que carrega morte: Canoa
Aquela que alimenta com muita farinha
a vida-ribeirinha:
Canoa

Banzeiro vem, banzeiro vai
acalentando o bem
trazendo a paz!
Canoa

Õ canoa de criança
que trouxe tanta esperança
nesse mundão desbravido
cadê a poronga? cadê o chibè?
ficou no teu fundo esquecido?
 Canoa

Ô canoa fura não!
és esperança para muitos
que dos beiradões e das terras caídas
ficam só te esperando passar
pra suprir sonhos já idos
e outros cumpridos
paridos de vãos!

Õ canoa passa agora não...



Verde-clorofila

Floresta que embriaga
amante que adentra em mim todo dia
verde-água doce
navego-te dia e noite

A brisa calmante dilata meus poros
de puro verde-claro-clorofilante
amo-te várzea grande!
Amo-te encantado manancial que não cessa
Amo-te enfim
terra dos confins.

Encontro entre irmãos

Encontro que se deu sempre aqui
frutífero e inseparável aguaceiro agridoce
um, ph adocicado. O outro, acidez fertilizada
sempre alí, na minha janela
sempre alí, à minha espera

Um irmão: Solimões!
Outro irmão: Negro!
Dois que depois formam um : Rio Amazonas de muitos braços!