sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sem-acordes



Zumbis eternos
sucumbidos mortais
ninguem vela
en-crespos sem-mar

Rosto suposto



Improvável face digitalizada
fina mentira
disfarçes interfaces.

Odio-série sentimentos 2011.



Rasga garganta
extirpa as vocais
lirismo sumiu
foi para uma sigla PQP.

Zone-neutral-série sentimentos2011.



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?????????????????

SÓ.

Exausta-série sentimentos

 

O peso do meu universo transvexo
carrego implicitado
dói-doi
aguento
o infindo momento

Rompido

Ilhada em palavras
rompido o lacre
sem disfarçes
tudo na mais bela arte


Raiva-série sentimentos 2011.

Chega de ouvir vozes
não amoles a faca corta
chega estou exausta
não enche
esvazia a mente

Way-grise

Presa invisível em caminho nebuloso
sofro em meu pouso
Way, way,way....
asa quebrada
figura chora
na hora...

MUDA

Boca calada
não quero nada
visgo da terra
mela minhas cordas vocais
Nada mais consinto.

Femina Vamp





Dançei a noite inteira sob forte temporal
Flamenco tac tac
não tinha platéia nenhuma
sobraram os sapos para os aplausos no final.

sábado, 24 de setembro de 2011

Os Corvos-de Van Gogh

Os Corvos, à Van Gogh

As vezes penso que o tempo não liga para mim
Sou eu quem... o esqueço
tempo sem fim...aguardo ansiosa sua ligação..não toca
olho ao derredor e vejo
tudo alto
objetos que voam
eu-só
muitas coisas sobem em minha cabeça
ouço vozes..muitas vozes..

Giselle Serejo para sábado poético, 24.09.2011

Rodopios para Tomie Ohtake


Sem limites alma rodopia
rodopios rubros
centrais celestes
giro giro e não caio
sou pião
roda pião
bambeia pião
aqui na tela Ohtake.

Meu sopro para Tomie Ohtake


Há no meu sopro vida
colorida
para Tomie
enfeitar a tela
são ares corteses
sem ineteresse.

Existo?

Poucos pensamentos me torturam atnto
são levianos vorazes da minha glória
olho em volta e vejo um grande campo de girassóis que nunca se erguem...por que?
será esta a janela peuena que nunca se alarga?
está frio e isso é ruim para meus ossos expostos
ninguem cobre, ninguem fala, nem eu-mesmo
por que reclamo ?
da vida pouco sei...


As esquinas do medo-sapatos de Van Gogh




Minhas botas estão amarradas na quina da minha cama
tenho medo nem sei o por quê da minha loucura
sou inumano? não sei...
nasci assim descalço
nunca tive companhia
a não ser das muitas vozes que ouço aqui..
dentro da minha cabeça
elas são pertubantes
mas eu não calo, pinto
exalo jardins em poucas cores
que me restam...
sou eu-desbotado
sem amor, nunca fui amado
mas..o tempo se encrregou de..
fazer isso...tarde foi tarde.
Giselle Serejo

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Para alguém que queira ser



 Se um dia nada te falei
Hoje direi
Sou Tu também
Nadei em mares revoltos
Soltei pipas no deserto do Atacama
Sereiei entre corais e subi a tona nos barcos dos mortais
Somos isso. Pequenas coisas com veias. órgãos...coisas..
Grãos! Isso mesmo. Grãos germinados. Nada por acaso.
Nada.


É sobre isso que falo



É sobre isso que falo
antes isso do que aquilo que em traços desperto
odeio sim
detesto sim
humana sou
risinhos libidinosos toda hora, tem ora
ah não
isso não
verdadeiro girasol é aquele que me in canta pelo jardim
não pela libido ruim.

Tríbio



Muitas vezes eu te quis
quisera ter
nunca tive
tríbio louco
foi tanto, muita acidez
pouca lucidez
para que tanto?
aqui onde moro a vida é outra
entre muitas luas flutuo
há um sol mente me humilhei.

Giselle


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poesia para arvore

Livre em profusão de cores
esta alaranjada saltita por entre as feras
que vez por outra a consome
nem liga, é liberta
em sinfônia de sobrevivência dança
consegue ser feliz.

 


De corpo inteiro


De corpo inteiro

A mesa geme e tosse
está repleta de papéis em uso
onde está a torre? os castelos? os vales?
encismesmada pensa

Agora as mãos amaciam papéis avulsos
pincéis estão sujos
deixaram de pensar
para a outra entrar

Mente ultra-moderna
diluida em ácido condensa
percorre o meio do rio inteiro
segue em transe e consegue a escrita

Parapasárgada



Contigo ia até a Lua
lá seríamos o que quizessemos
arvores, sementes, minerais, papel, fidalgos
... Do rei eu queria ser só amiguinha
mas do príncipe ia ser a Rainha

Ah Manoel..as horas são tão apressadas..
são rôtas..
me esperas?
Finges que não me esperas
assim vamos para quimera legalmente

Mas faço um esforço
diga para o rei de lá
que sem livros não poderemos respirar
viver, amar...

Ele aceitando
viveremos para sempre pasargando
passarinhando
e namorando..eu o príncipe , os livros e voçê? deixa os sapos falarem..ora ora...

Giselle Serejo-Projerto REVIGORAR-MANOEL BANDEIRA,2011


sábado, 17 de setembro de 2011

Penumbra- Ao poeta Augusto Dos Anjos


Na Penumbra

Longa noite nesta casa
tudo cheira a fel
tudo tem gosto de flores murchas
tudo acabado
amaldiçoado és tu homem sem memória
Filho de uma outra raça
não canto para vós
mas canto para mim
que sou um espectro de humanidade
eu sou EU.

Giselle Serejo para sábado poético- Augusto Dos Anjos,2011

Foto de Fernando Campanella.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quanto mais eu quero mais



Grito alto
nunca sucumbem ao nada
eles falam, proferem
se erguem em palavras

Grito superficial
emergido das profundezas
juram tudo
com toda certeza

Grito louco
de puro amor-fatal
dá aos poucos
para o luso-amor-total

Grito falso
do ego-meu
no asfalto
fica estirado, sem tempo e nem hora.Acabado.




Giselle Serejo para sexta-feira de ousadia texto-obra-literária,2011


Verde-clorofila II

Caminho verde em passos ocos
ecoando meus passos andam
sorriem e cantam
são cordilheiras enfileiradas de clorofila
minha alma é também verde
moro aqui
meu espaço é ninho de bromélias, azaléias, ninféias
cercada disso
caminho vivo

Giselle Serejo para sexta-feira de ousadia texto-obra-literária,2011.


Vertigem

Vertigem

Vida assim entregue
tudo é mundo, todo-mundo é tudo
não quero escolha, nem rolha, nem molho, nem colo
nem a corda quero
eu pulo e faço teias
escolho as pedrarias
me enfeitiço nas feitiçarias
ponta-cabeça me liberta
me saltita e me conserva.

Giselle Serejo para sexta-feira de ousadia texto-obra-literária,2011


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

La Terre

la Terre

Semeur de la vie
voler haut et toujours trouver quelqu'un pour prendre son sommeil
leurs enfants sont forcés d'abandonner
leurs cris et des gémissements se font entendre en écho
rien ne peut être fait par l'ennemi déguisé
tout peut être fait par l'ami
de son héritage.

sábado, 10 de setembro de 2011

lUZ DO MUNDO

Luz do mundo
sinto a luz do mundo em mim
plena cor púrpura radiante
inebria a barca dos amantes
...
fúria de liberdade mansa
não descansa em min'alma
canto mais
breves são as minhas linhas
ladainhas escritas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Mito de Caronte – O barqueiro da morte

                                                                 Por Giselle Serejo para sábado poético, 2011.

O velho barqueiro moribundo das antigas eras
Navegava à espera de algumas almas ignotas
Pois não era que o defunto
Tinha que viajar junto com seu óbolo
Senão o arquétipo da morte, com sua fúria indecente.
Não tinha dó do dormente
Deixava-o no Limbo
A espera do seu último gemido oco
Mas para o bem da mesquinhez dele
Os visitantes da barca
Iam sempre de boca fechada
Com a moeda debaixo da língua
E assim pagavam sua passagem finda.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cicada prisonnier-Cigarra prisioneira

Cicada prisonnier

Jeune sauterelle a été élevé et voulait voler
tombé sur un grand mur
il a quitté son déprimé, a souffert
enchanté le monde
un grand artiste a été coupé, a été aimé
mais l'erreur a été metomorfose la mort de l'amour
fou, vient de mourir.


Cigarra prisioneira
Jovem cigarra quis voar alto e foi
esbarrou num grande muro
isso deixou-a abatida, sofrida
encantou-se com o mundo
em grande artista foi lapidada, foi amada
mas,,o engano da metomorfose foi a morte de amor
louca, morreu só.

Giselle Serejo para Projeto Revigorar -Camille Claudel, 2011.



sábado, 3 de setembro de 2011

SONETO DO AMOR DE PARA SEMPRE

                   
                                                                                 


Enquanto a luz brilhante todas as manhãs aparecer
Direi ao vento que venha
Direi aos cantos inóspitos que venha
A nossa, nada cansa.

Quando for te amar
Amarei-te sempre
Nesse mundo, o Tudo fica perfeito.
Contigo queima

Quando estou longe de Ti
Fico de lá para cá
E não te acho

Nunca deixes de sentir isso
O mundo fica perfeito quando estás
A luz brilhante das manhãs sempre aparecerá... Contigo.


SONETO DO AMOR DE PARA SEMPRE II


                                                                                         

Foi diante dos teus olhos longos e abertos
Que fiquei desperta, totalmente aberta
A fotografia junto ao cachorro foi tudo
Impregnou-me abissal alma

Foi um certo jeito luso de ser
Que fez minha alma ferver
Nunca mais esqueci
Nem de ti
Nem de mim

Muito perto ouvia tua voz diária
Dizia sempre amor
Fazia-se sempre em despudor

Ressuscitava nós-dueto
Sentimento amordaçado pelo não
Tentávamos, amava-nos e víamos