domingo, 27 de maio de 2012

Compassos

Dobraduras aquecem o sangue divino
contorcionismos
sem sionismos
vou lá
andar
pelos desfiladeiros
dar passos
aos compassos
da diáfana dança
nunca nunca cansa....

Giselle Serejo,2012.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Infinitus Restus

De tanto me perder nos caminhos das tuas letras
o amálgama multicor inaugurou linhagem
entranhado na minha dor.

Intocada catatônica
subiu mundos
voou in-versa
tudo tudo para o justo amor.

Giselle Serejo in Infinitus Restus,2012.
 Todos os direitos da foto para Samsãra(compartilhado)



Nado Sincronizado

Nadando em duo
águas mansas
cristalinas
eu e minha poesia.

Lá ao longe
... as sombras
vez por outra emergem
e voltam a mergulhar

Banzeiro
se desfaz
bem perto
do meu lumiar

As espumas quentes
envaidecidas e sensuais
tocam de leve a pele branca
agora,nada profana.

Giselle Serejo em Nado sincronizado,2012.


Parafernália de Gaia

Eu me reinvento
no momento
de cada partida em voo

Busco
... conduzo
desparafuso
o minuto insólito

Autocombustão visceral
letras espalhadas
pelas vias do mundo carbonizado

Inumano
depravado
corroído e desbocado!

 Giselle Serejo in Parafernália de Gaia,2012. Tela de Joan Miró.