sábado, 15 de maio de 2010

Vida-canoa

Aquela que carrega vida: Canoa
Aquela que carrega morte: Canoa
Aquela que alimenta com muita farinha
a vida-ribeirinha:
Canoa

Banzeiro vem, banzeiro vai
acalentando o bem
trazendo a paz!
Canoa

Õ canoa de criança
que trouxe tanta esperança
nesse mundão desbravido
cadê a poronga? cadê o chibè?
ficou no teu fundo esquecido?
 Canoa

Ô canoa fura não!
és esperança para muitos
que dos beiradões e das terras caídas
ficam só te esperando passar
pra suprir sonhos já idos
e outros cumpridos
paridos de vãos!

Õ canoa passa agora não...



3 comentários:

  1. Tão bonito Giselle. Canoa que leva e traz. Até que um dia vai e não volta. Os velhos barcos me impressionam. Como as velhas casas... Beijo.

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  2. Lindo demais. Lembrou-me a minha infância, à beira do Rio Paraíba do Sul,amiguinha do canoeiro, pessoa de confiança de meus pais, com ele eu passava o dia, atravessando de um Estado (MG) para o outro (RJ), indo e vindo, adorando o deslizar da canoa, nas águas fundas do rio. Obrigada por me trazer à lembrança,uma doce fase de minha vida.Parabéns pelo poema! Sucesso! Beijos.

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  3. Giselle ô canoa fura não, e ao te ler vamos deslizando pela vida, num ir e vir macio e ao mesmo tempo sabemos... um dia estará o abismo.

    Beijos, boa semana.

    Carmen.

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